sexta-feira, 23 de abril de 2010

SEXTA 24-04-10 LIÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL


Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição Jeremias, esperança em tempos de crise

2º trimestre/2010

Lição 04 - Chorando aos Pés do Senhor



Introdução
I. O lamento de Jeremias
II. O lamento de Samuel
III. O lamento de Oséias
IV. O lamento de Paulo

Conclusão


John Kenox: o homem que chorou por sua nação


Professor, lamentar, chorar e se entristecer com a real situação de miséria da sociedade hodierna é o desabrochar da verdadeira espiritualidade. John Knox foi um baluarte da Reforma na Escócia porque não se conformou à degradação da sociedade de sua época. O subsídio de hoje tem o objetivo de traçar a vida deste servo de Deus e achar nele a relação com o profeta Jeremias: ambos lamentaram profundamente o estado de miséria de seus países.


A Vida de John Knox[1]

Na Escócia, um herói reformista teve a mesma envergadura e o mesmo poder que Calvino teve em Genebra. Seu nome era Jonh Knox (1513 – 1572). Sabe-se pouco do início de sua vida, a não ser que foi criado em Haddington e frequentou a Universidade de Saint Andrews. Ele abraçou o ponto de vista da Reforma por causa da influência de um amigo muito próximo, Gerge Wishart. O arcebispo Beaton prendeu Wishart por causa de suas posições e não permitiu que John Knox intercedesse a favor dele. No dia em que queimaram George Wishart na estaca, em Saint Andrews, John entrou no movimento reformista. A população preparava-se para uma revolução, pois havia grande fomentação intelectual, como também raiva por causa dos muitos abusos cometidos pelo clero. O povo escocês queria uma fé simples e pura. Knox tornou-se um líder natural.
Entretanto, sua jornada para tornar-se líder levou-o a uma rota de dificuldade e sofrimento. Depois de capturado em Saint Andrews, ele serviu por dezenove meses como escravo. Depois de sua libertação, tornou-se capelão real. Mas a vida não ficaria mais fácil para ele. Em 1533, teve de esconder-se quando a patrona católica, rainha Maria, subiu ao trono da Inglaterra. John Knox refugiou-se em Genebra, onde se tornou discípulo de João Calvino, tanto na teologia como na forma de governar a igreja. Em 1555, ele retornou para a Escócia, pastoreou uma congregação e casou-se com Marjorie Bowes.
[...] Knox permaneceu firme, com coragem e constância, contra os líderes políticos que tentavam esmagar sua visão teológica. Como escritor observou: “Seu destemor e sua bem-sucedida oposição ao regente e à rainha distinguem-no como verdadeiro patriota. Contudo, o próprio homem foi a chave para suas grandes conquistas – incansável, sincero, simples, prático... sem esquecer o humor e a ternura”.
A gravação na lápide de Knox reflete fielmente sua personalidade modesta e simples: uma pedra de pavimentação gravada apenas com as iniciais, em letras pequenas, que repousa na estrada de High Street, em Edimburgo. A sepultura modesta não nos impede de reconhecer que Knox foi um dos homens mais influentes de toda a Escócia. Os escoceses, agradecidos pela disposição dele em resistir com dedicação a uma das épocas mais turbulentas, também devem agradecer a Deus pelo fato de a igreja desse país estar viva e bem.



sexta-feira, 16 de abril de 2010

SEXTA 17-04-10 LIÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL


Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição Jeremias, esperança em tempos de crise

2º trimestre/2010


Lição 03 - Anunciando ousadamente a Palavra de Deus

Leitura Bíblica em Classe
Jeremias 7.1-11
Introdução
I. Jeremias é chamado a pregar na porta do templo
II. A mensagem de Jeremias
III. Jeremias combate a teologiado templo
IV. A lição de Siló

Conclusão

A Ortopraxia do Culto e da Adoração


Prezado professor, a lição de hoje procura retratar o perigo de a nossa vida espiritual tornar-se uma mera observação ritualística, desprovida do sentimento verdadeiro que permita indignar-se com as injustiças ao nosso redor e a falta de ética com a vida humana. O subsídio desta lição aborda o conceito de Culto, o seu desdobramento na Adoração e o significado da adoração atrelado a Ortopraxia (uma prática certa) do cristão.


O culto

O termo culto é derivado do latim cultus, que significa veneração, tributação voluntária de louvores e honra ao Criador. A liturgia ou ritual praticado no templo não é propriamente o culto. Porém, sua característica está na piedade, sentimento e amor a Deus, onde é possível denotar a verdadeira predisposição espiritual na adoração. O que ocorrera com os judeus na época de Jeremias, foi que o sistema do culto era observado como um ritual frio que deveria ser praticado sem compromisso algum do caráter pessoal. Em Provérbios 7. 14,15 o rei Salomão denota com destreza a mecanicidade pragmática do culto no Israel monárquico, onde uma mulher apresenta sacrifícios pacíficos (um elemento de culto) e em seguida acha-se livre para cometer a mais sórdida infidelidade: o adultério. O culto desprovido da vida sincera com Deus torna-se corrupto!



O desdobramento do culto na adoração


O termo adoração versa do latim adorationem, que significa orar para alguém. É a veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo sua soberania em todas as esferas da vida. Por isso a vida de adoração não está limitada a área geográfica, mas ao verdadeiro estilo de vida que a representa. O Senhor Jesus disse “que o Pai busca adoradores que o adorem em Espírito e em Verdade” [1]. O ensino do Senhor ainda destaca “amar o Pai de todo o coração, alma e pensamento” [2] como características fundamentais da perfeita adoração. O Pastor Claudionor de Andrade (autor da lição desse trimestre) conceitua o termo adoração: “Adoração não é contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Reino de Deus”. Essas exposições afirmam que a prática da adoração está longe de uma observação estática de elementos que não constituem vida e sentimento para com Deus, mas requer a manifestação verdadeira da adoração autêntica que represente a verdade na vida dos que propõe a intimidade de amar a Deus acima de todas as coisas. A adoração não é episódica, mas permanente, intensa e profunda.


Adoração e a Ortopraxia

O profeta Jeremias denunciava que o culto não denotava a relação essencial do povo com Deus. Enquanto em muitas religiões basta você repetir algumas fórmulas em palavras para se tornar um membro dela (como no islamismo), para Deus isso não é o suficiente. Alguns profetas denunciaram o que Deus sentia ao ver homens declarando superficialmente com seus lábios o amor a Deus, mas com o seu coração longe e insensível à sua voz. Vejamos alguns textos: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;[3]; “Eis que para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto[4]; “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Mas deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras... se não [mas] oprimirdes o estrangeiro, e o orfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para o vosso próprio mal[5]; “... Quando jejuardes e pranteaste, no quinto e no sétimo mês, durante estes setentas anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim?... Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração[6]. Essas profecias trouxeram a tona a hipocrisia do povo e da elite (nobres e sacerdotes), deixando claro que não pode haver dualidade na adoração. Ela não é desassociada da prática na vida comum. O Eterno deixou claro que a proposta do homem em cultuá-lo (jejuns, orações, Cânticos, etc.) deve ser embasada numa relação íntima com Deus e com o próximo. O novo mandamento de Jesus se dá na vertical (amar a Deus) e na horizontal (amar o próximo) das relações.
Professor! Mostre aos alunos que Deus rejeitou o culto dos judeus porque ele não representava a verdade das suas ações. Pode o homem ofertar a Deus e ao mesmo tempo ser iracundo com o seu próximo?[7] A fé desse homem pode ser sustentada enquanto a injustiça contra o próximo é explícita?[8] É possível uma fé desprovida de ação?[9] Portanto, prezado professor, use a lição de hoje para despertar essa reflexão. Exorte os seus alunos a pensarem e viverem uma fé autêntica e relevante. Deus está em busca de verdadeiros adoradores! Adoradores que o adorem com a vida. Amém!


Reflexão: “Mas o propósito maior da relevância dos crentes, como sal da terra e luz do mundo, é glorificar a Deus. Foi o que Jesus disse: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai, que está nos céus. Deus é o fim de todas as ações cristãs desencadeadas pelos seus servos. Quando feridos são restaurados em razão do trabalho de cada um, Deus é exaltado em sua glória, pois trata-se do resgate de sua imagem em vidas antes corrompidas pelo pecado. Não só esta ação o glorifica, mas os que são tocados por ela transformam-se em verdadeiros adoradores do Altíssimo.” (COUTO, Geremias do. Transparência da Vida Cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2001, p.56.)

Referência Bibliográfica


ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD, 2008. CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Rio de Janeiro. 2ª ed. Vol. 5. CPAD/HAGNOS, 2001.
COUTO, Geremias do. Transparência da Vida Cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2001, p.41-56.

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