quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

QUINTA 01-01-2009 Israel prepara a saída de 443 estrangeiros da Faixa de Gaza

Permissão para que eles deixem a região seria sinal de uma possível escalada na ofensiva contra o Hamas

Agências internacionais

JERUSALÉM - Israel vai permitir que 443 estrangeiros que vivem na Faixa de Gaza deixem a região nesta sexta-feira, segundo afirmou nesta quinta-feira, 1, um oficial da Defesa israelense. O Exército atacou pelo sexto dia consecutivo a área palestina, matando um dos principais líderes do Hamas Nizar Rayan. Até o momento, mais de 400 pessoas foram mortas e mais de 2 mil foram feridas segundo os últimos balanços oficiais.

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Muitos dos residentes estrangeiros de Gaza são cônjuges de palestinos e seus filhos. O fato de Israel permitir a saída poderia assinalar que está se preparando para uma escalada nos ataques. Peter Lerner, um militar israelense, indicou que entre as pessoas que sairão da região estão americanos, russos, moldavos, ucranianos, turcos e noruegueses. O posto fronteiriço de Erez permanecerá aberto para a travessia durante a manhã de sexta, ainda que Lerner tenha afirmando que "nem todos os estrangeiros poderão sair nessas condições".

Um dos principais líderes do movimento palestino Hamas morreu nesta sexta-feira em um bombardeio israelense na Faixa de Gaza. Nizar Rayan e outras dez pessoas, supostamente membros de sua família, morreram quando sua casa foi atingida. Segundo a BBC, ele é o integrante do Hamas de maior destaque morto por forças israelenses desde 2004.

Foguetes do Hamas voltaram a atingir Israel, até a cidade de Beersheba, a cerca de 40 quilômetros da fronteira com os territórios palestinos. Desde que a operação israelense começou, no sábado, Israel atacou combatentes e comandantes militares do Hamas, mas esta foi a primeira vez que a liderança política do movimento foi atingida. Rayan defendia a realização de atentados suicidas contra Israel.

As mortes desta quinta-feira elevaram para mais de 400 o total de palestinos mortos durante a ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza. As autoridades israelenses argumentam que o objetivo da campanha é acabar com o constante lançamento de foguetes por militantes contra o território de Israel. O chefe dos serviços de emergência na Faixa de Gaza, Moawiya Hassanein, disse que mais de duas mil pessoas ficaram feridas nestes seis dias de operação. Os hospitais estão tendo dificuldades para tratar as vítimas. A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), no entanto, disse que conseguiu retomar a distribuição de alimentos.

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