sábado, 6 de junho de 2009

SABADO 06-06-2009 LIÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL







Lição 10 - Os Dons Espirituais



Leitura Bíblica em Classe
1 Coríntios 12.1-11

Introdução:

I. O que são os dons espirituais

II. A atualidade dos dons espirituais

III. Objetivos dos dons espirituais

IV. Os dons de manifestação verbal

V. Os dons de saber

VI. Os dons de poder



Conclusão:

Palavras-chave:
Dons espirituais, amor, fervor espiritual.

“Uma Igreja Paradoxal"

Paulo abre a carta fazendo menção da riqueza carismática que possui a igreja de Corinto (1 Co 1.5-7), reconhecendo o fato de repousar sobre ela a totalidade dos dons espirituais.

É interessante observar o que ele tem em mente logo no início da epístola, comparado ao que diz depois. As notícias sobre as condições espirituais e morais da igreja em Corinto chegaram aos seus ouvidos pelos membros da família de Cloé (1 Co 1.11), e não eram nada boas.

O exemplo de Corinto corrobora a pergunta que muitos fazem: Como é possível pessoas revestidas do poder de Deus dar um testemunho tão escandaloso?

Para responder a essa questão intrigante, o apóstolo Paulo trabalha cuidadosa e sabiamente o dualismo entre fervor e espiritualidade, deixando claro que um pode subsistir sem o outro, exortando os crentes à prática do segundo, bem como a subordinação do primeiro a esta.


É possível ser fervoroso e ao mesmo tempo carnal, mas jamais alguém será espiritual sem deixar de ser carnal. [...]

Os dons espirituais em Corinto não estavam trazendo a devida edificação espiritual, posto que sua prática recaía mais sobre o deleite e a competição do que em atender aos seus propósitos originais.

A experiência tem-nos sido altamente didática em distinguir as características peculiares tanto do fervor quanto da espiritualidade. Como sugere a própria palavra, o fervor descreve uma devoção calorosa, extrovertida e bem típica das reuniões carismáticas (ou pentecostais) em que se ouve línguas estranhas e profecias, e as orações são livres, unânimes e em alta voz. Por sua vez, a espiritualidade descreve a conformação do crente com a natureza divina, em que ganha cada vez mais afinidade com o pensar, o sentir e o agir de Cristo.


O apóstolo Paulo aconselha: “Sede fervorosos no espírito” (Rm 12.11). O fervor cabe muito bem dentro da espiritualidade, e feliz é o crente fervoroso. Se todavia não cultivar o progresso da sua espiritualidade, seu fervor poderá tornar-se mecânico, emocionalista, habitual e subseqüentemente carnal.

Este é o crente que no ambiente do culto se sobressai pela eloqüência de sua devoção, mas em casa é iracundo; no relacionamento com os outros, mostra-se egoísta, intolerante, agressivo, maledicente; e nos negócios, desonesto. Um crente espiritual jamais procederá assim.

O desenvolvimento do fervor é favorecido e agilizado num ambiente onde se dá vazão a ele, enquanto que a espiritualidade é um estado de vida cujo cultivo se dá a longo prazo. É paulatino. Seus métodos são a Palavra, a oração, o quebrantamento, as transformações de ‘fé em fé’ e de ‘glória em glória’. Lutas, provas, tribulações, lágrimas e sofrimentos fazem parte do seu conteúdo. O fervor pode ser transitório, mas a espiritualidade é duradoura. Ser espiritual é construir a casa sobre a rocha (Mt 7.24,25), é brilhar: ‘Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18); é galgar maturidade na fé e ter discernimento para ‘entender tudo’ (1 Co 2.15).




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